terça-feira, 20 de julho de 2010

Egito em surrealismo

Foi no ano de 2005 aproximadamente, que iniciei em minha fase artística criativa, uma coleção de trabalhos usando o surrealismo, más com inspiraçao em motivos egípcios.


Desde muitos anos antes, já vinha trabalhando com esses motivos, porém de maneira esporádica.

Ascensão
Óleo sobre tela - 70 x 50 cm. 2005

O faraó, no princípio da história egípcia detinha um status divino. Ele era o próprio Hórus, que governava as duas terras, após o ingresso de seu pai, Osíris, como governante do mundo do além. Hórus era o deus do céu, representado sob a forma de um falcão, tal como se vê na imagem pintada. A famosa estátua de diorito de Quéfren, conservada atualmente no Mu-seu Egípcio do Cairo traz, junto à parte posterior do toucado-nemes, um falcão de asas abertas em sinal de proteção. Quéfren, com o intuito de ascender aos céus e juntar-se ao deus-sol Rá, planejou a constru-ção de um túmulo majestoso: a segunda pirâmide de Gisé. Na imagem ela é vista a partir da base da pirâ-mide de Queóps. Formada por milhares de blocos de calcário, estima-se que sua construção tenha durado aproximadamente 20 anos.
(texto: Prof. Moacir E. Santos)

Sequência de ideia sobre o mesmo assunto - (pastel e lápis - 1995 -70 x 50 cm)

Pastel e lápis - 1993 - 70 x 50 cm

Óleo sobre tela - 1,20 x 0,80 m.

Óleo sobre tela - 2005 - 40 x 40 cm.

Crença
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Para os egípcios a vida na terra representava apenas uma passagem transitória. A morte, para eles não era encarada como um fim, mas sim um começo de uma nova existência. Para garantir a imortalidade os egípcios criaram técnicas de mumificação que lhes permitiram conservar os mortos. Uma vez preparada a múmia, após um ritual que demorava aproximadamente 70 dias, colocava-se sobre a face uma máscara funerária. Essa serviria para que o ba, bem como as demais partes do indivíduo que o formavam (sombra, coração, nome e ka), e que se separaram do corpo no instante da morte, pudessem ser reunidas novamente. Para tanto, era necessária a realização de um ritual, denominado “abertura da boca”. Simbolicamente, um sacerdote tocava a boca da múmia com uma enxó para restabelecer suas funções vitais e fazia libações com água, enquanto que um outro sacerdote, portando a máscara de Anúbis, sustentava o corpo. Ao termino, o morto era encaminhado para sua tumba com todos os seus pertences. Dentre esses, havia um exemplar do Livro dos Mortos – uma espécie de guia para o além. Ao amanhecer do dia seguinte ao enterro, o morto se encontraria na presença dos deuses, na “Sala das Duas Verdades”, onde suas ações na terra seriam julgadas. Uma vez considerado puro, como nos mostra a cena superior da pintura, o morto era conduzido à presença de Osíris para que pudesse ingressar em seu reino.
(texto: Prof. Moacir E. Santos)
Crença
Desnho a pastel e lápis -1999 - 50 x 70 cm.

Akhenaton
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Akhenaton, faraó da XVIII dinastia, foi responsável por uma reforma política-religiosa que marcou profundamente a sociedade de sua época. Ele mudou a capital de Tebas para Akhetaton, baniu as divindades, a exceção de Maat, e reformulou os cânones artísticos. Nessa pintura, pode-se observar ao fundo, um fragmento de uma balaustrada, onde o faraó, sua esposa Nefertiti e sua filha mais velha fazem oferendas ao deus Aton, o disco solar. Akhenaton intitulou-se sumo sacerdote de seu deus, mas ao mesmo tempo, divinizou-se. A estátua colossal, presente no primeiro plano, integrava um grupo de esculturas semelhantes que representavam Akhenaton com dois tipos de coroas: a dupla (branca e vermelha), simbolizando o deus Atum; e a de penas duplas, associada ao deus atmosférico - Shu. A luz que surge da flor de lótus remete-se ao mito de criação heliopolitano quando Atum, o demiurgo, emergiu do interior da flor sagrada. Ao se fazer representar como o deus criador, Akhenaton reafirmou seu caráter divino, idéia que foi reforçada também pela escolha de um sumo-sacerdote para sua própria adoração.
(texto: Prof. Moacir E. Santos)

Akhenaton
desenho a crayon - 50 x 70 cm.

Nefertite
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Nefertite é, sem dúvida, a mais célebre das rainhas do antigo Egito. Sua beleza foi imortalizada pelos presente busto que domina essa composição. Essa escultura foi descoberta por uma missão alemã, que escavaou a casa do escultor Tothmés, em Akhetaton – atual Tell el-Amarna. A ausência do olho esquerdo deixa claro que essa imagem servia como modelo para a confecção de outras representações da rainha. Ao lado de Akhenaton, Nefertiti desempenhou um importante papel no culto de Aton, como se pode observar, através do pequeno encavo fragmentado, que a representa com uma de suas filhas. Nefertiti aparece com uma coroa com plumas duplas, com o disco solar e com chifres caprinos, oferecendo um ramalhete a Aton, enquanto sua filha manuseia um sistro.
(texto : Prof. Moacir E. Santos)

Nefertite
Pastel e lápis - 70 x 50 cm.

Akhenaton e Nefertite 
 crayon - 1978 - 40 x 50 cm.

Akhenaton II
crayon - 1978 - 40 x 50 cm.

Imortalidade
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Os egípcios imaginaram diferentes concepções sobre a existência da vida após a morte. Uma das mais antigas, afirmava que o morto poderia permanecer em seu túmulo, sua casa da eternidade, sobrevivendo da forma do ka, ou energia vital. Outra concepção contemporânea a essa, previa que o morto tornar-se-ia uma es-trela, junto as demais circumpolares, que nunca perecem. Entretanto, as concep-ções mais interessantes são aqueles que asseguravam ao morto um lugar nas barcas do deus-sol Ra, ou a permanência em um paraíso agrário, governado por Osíris, deus dos redivivos. A pintura aqui presente nos faz referência a essa últi-ma concepção. Pode-se observar uma cena, presente em uma capela do museu egípcio de Torino, onde um casal foi originalmente representado diante de uma mesa de oferendas. Esperava-se, que os rituais mágicos tornassem possível à passagem de ambos para o outro mundo, o Duat, aqui visto como uma extensão perfeita do Vale do Nilo, onde os mesmos um dia, residiram.
(texto : Prof. Moacir E. santos)

Oferendas
Óleo sobre tela - 2005 - 50 x 70 cm,

Há mais de quatro mil e trezentos anos, durante a V dinastia (2465 – 2323 a.C), um homem foi inumado em seu túmulo por membros de sua família. Devidamente preparado, ele seguiu todos os costumes de seus antepassados. Esse era Ika, possuidor de dois títulos, governante da Grande Casa e sacerdote-wab, conforme se pode observar nos dois primeiros grupos de hieróglifos presentes acima das figuras, no lado esquerdo do quadro. O detalhe da pintura reproduz uma imagem presente em uma gigantesca porta-falsa, descoberta em 1939 e atualmente exposta no Museu do Cairo. Trata-se de um dos poucos exemplares confeccionados em madeira até hoje encontrados. Na cena, Ika aparece em uma postura tradicional, como se estivesse caminhando, no auge da forma física. Sobre a cabeça há uma peruca que chega aos ombros, enquanto o pescoço é envolvido por um colar formado por diversas fileiras de contas. Seu saiote, com uma única orla pregueada, não ultrapassa os joelhos. Às mãos ele traz um bastão, curiosamente também segurado por seu filho, e um cetro, que simboliza sua autoridade. O filho retratado, com cabelos curtos e um saiote triangular, chama-se Abedu, de acordo com a inscrição disposta em uma coluna à sua frente. Nessa imagem embora seja familiar, percebe-se claramente uma antiga regra de representação hierárquica: a importância do pai é muito maior em relação ao filho, visto o tamanho reduzido desse.


A porta-falsa, segundo as fontes deixadas pelos antigos egípcios, era uma espécie de passagem entre o mundo dos vivos e dos mortos. Um caminho pelo qual o morto poderia ir e vir. Como sugere a sua denominação, a porta-falsa não era funcional para os vivos, pois apenas sugeria uma passagem central, profunda e sólida. Essa passagem era encimada por um cilindro que representa uma esteira enrolada, que nas portas das casas dos vivos realmente poderia ser puxada para fechá-la. Em ambas as laterais da passagem há umbrais, como o mostrado no quadro, que geralmente eram decorados com imagens e títulos do proprietário, bem como de seus familiares. Acima desses painéis ficavam dois lintéis com inscrições, que eram separados por um espaço retangular, ou painel, onde o morto aparece representado sozinho, ou acompanhado por membro de sua família, frente a uma mesa com oferendas. Todo esse conjunto é encimado por uma cornija com, ou sem a presença de ornatos cilíndricos.


(Ilustração como exemplo; precisaria indicar cada uma das partes que compõe a peça) Estela porta-falsa de uma família de sacerdotes de Osíris. Coleção do Museu Nacional - UFRJ


Geralmente, a porta-falsa era instalada em uma capela, na parede Oeste, localizada na superestrutura da tumba, sendo precedida por uma mesa de oferendas, feita de pedra. Essa continha figuras e inscrições gravadas referentes a víveres e bens necessários, bem como, em alguns exemplares, pequenas depressões para a realização de libações purificadoras. Sobre essa mesa, um membro da família do morto, geralmente o filho primogênito, ou na ausência desse, um sacerdote contratado, deveria depositar uma série de oferendas destinadas à manutenção do ka do morto. O ka pode, assim, ser entendido como uma espécie de “energia vital”, representado na forma de dois braços levantados em atitude de receber oferendas. Os braços elevados também estavam ligados a um conceito de proteção, que auxilia na explicação do ka como uma força criadora que realizava a manutenção do indivíduo, protegendo-o durante a sua vida e também retornando ao corpo, após a morte.


Por vezes, com o passar das gerações, a deposição de oferendas in natura era esquecida, como nos sugere as romãs em dois planos diferentes, que estão distantes do local onde se destinavam. Contudo, os egípcios se preveniram quanto a esse fato, pois a referida mesa já continha tudo o que seria necessário para a manutenção do ka, através das imagens encavadas. Mas além dessas imagens, havia em algum lugar da mesa, ou mesmo sobre a porta falsa, uma inscrição com uma fórmula para garantir, através da magia, “todas as oferendas e todos os víveres” necessários para a sobrevivência do ka. Essa fórmula é conhecida como Hetep-di-nesu, ou “uma oferenda que o rei faz”.


Durante uma parte do Terceiro Milênio a.C. os faraós foram os responsáveis pela garantia das oferendas funerárias. O rei oferecia para um deus, pois somente ele tinha acesso ao mundo divino, para que a divindade beneficiasse o morto solicitante com os bens que garantiriam a existência de seu ka. Essa fórmula de suma importância para os egípcios, com diversas variações de conteúdo, conservou-se inscrita nos mais diversos bens funerários até o Período Romano.


Uma oferenda que o rei faz a Osíris, Senhor de Abydos, (para) invocação de oferendas (em) pães, cerveja, boi(s) e ave(s)


Vê-se na pintura uma alusão a figura real, como principal responsável pelas oferendas: um vaso de alabastro (calcita) pertencente ao faraó Pepi II (c. 2240 a.C.). De forma simples, a peça traz uma inscrição que identifica os títulos de seu proprietário. Na parte superior estão três colunas verticais com os vários nomes do rei e seus títulos. No lado direito temos “Rei do Alto e Baixo Egito”, e dentro do cartucho o nome de trono “Neferkare”. No lado direito o título “Hórus de ouro”, e seu nome de nascimento “Pepi”. Abaixo dos nomes temos a inscrição “Dotado de vida como Ra”, que pode ser lida tanto da direita para a esquerda, quanto da esquerda para direita, partindo do símbolo que está no centro.
(texto : Prof. Moacir E. Santos)


Cerimônia
Óleo sobre tela - 2005 - 50 x 70 cm.

Após a morte de seu esposo, o faraó Tothmés II, a rainha Hatsehpsut assumiu o gover-no do Egito como regente do jovem príncipe Tothmés III, filho de uma esposa secundá-ria. Impossibilitado de governar devido a pouca idade, Tothmés teve seu reino conduzi-do por Hatshepsut durante sete anos. Contudo, no oitavo ano, a rainha rompeu uma longa tradição, declarando-se faraó. Para justificar seu poder ela mandou gravar nas pa-redes de seu templo, em Deir el-Bahari, a teogonia, ou seja, uma versão onde ela pró-pria contava como foi concebida pelo deus Amon. Hatshepsut fazia-se representar com um rei, como se pode observar através da imagem da esfinge presente no quadro, u-sando o toucado-nemes e a barba real. A separação do encavo, presente em ambos os lados da pintura, que nos mostram o faraó Tothmés III oferecendo um vaso com un-güentos ao deus Amon, remete-se à idéia de afastamento de Tothmés do poder pela fi-gura de Hatshepsut, ao centro, que aparece reverenciada com a queima de incenso e o oferecimento de libação.
(texto : Prof. Moacir E. Santos)

Purificação
Pastel e lápis - 70 x 50 cm.

Hapi
Óleo sobre tela - 2005 - 60 x 80 cm.

No antigo Egito o Nilo foi o sustento de seus antigos habitantes. Nele, abundavam peixes, aves, mamíferos aquáticos, anfíbios e répteis, além de inúmeras plantas, que foram utilizadas como símbolos divinos. Mas, o mais importante do rio era a sua inundação, que trazia aluviões responsáveis pela fertilidade da terra. Os egípcios acreditavam que essa inundação tinha uma origem divina, e ela era personificada na forma de um deus, chamado Hapi, cuja principal representação era a de um homem, com mamas pendentes e ventre protuberante: símbolos de fertilidade. O deus representado no quadro apresenta uma bandeja com oferendas representativas, contendo elementos que eram frutos das cheias. Na realidade, são as monções (chuvas torrenciais que aumentavam o calor e a umidade) na Etiópia, que causavam o derretimento das neves e aumentavam o nível das águas, fazendo o rio transbordar.
(texto : Prof. Moacir E. santos)

Saudação
Óleo sobre tela - 2005 - 50 x 70 cm.

Para os antigos egípcios a memória de um morto, ou melhor, seu nome, nunca deveria ser esquecido. Era uma forma de perpetuação, pois o nome dava razão à existência. Cabia aos filhos a preservação do nome de seus pais, bem como a manutenção de seu culto funerário. O vaso de libação, pertencente ao tesouro de Tânis, ao centro da composição, era justamente um dos objetos utilizados para purificação do que era oferecido ao morto. Nessa representação, vêem-se também os detalhes de duas colunas que formam uma área externa do templo de Seti I, em Abydos, decoradas com imagens de Ramsés II em sinal de pronunciamento. Após a morte de Seti, Ramsés preocupou-se com a memória de seu pai, considerou a decoração do templo incompleta, e decidiu concluí-la para a preservação de seu nome.
(texto : Prof. Moacir E. Santos)

Sistros
Óleo sobre tela - 2005 - 40 x 40 cm.

Fonte - óleo sobre tela - 40 x 40 cm.

Aroma
Óleo sobre tela - 2005 - 40 x 40 cm.

Traspassar
Óleo sobre tela - 2005 - 40 x 40 cm.



Rainha - óleo sobre tela - 40 x 40 cm.

Bastet
Óleo sobre tela - 2005 - 50 x 70 cm.

Durante o Primeiro Milênio a.C., diversas cidades do Delta tornaram-se capitais. Embora sejam pouco conhecidas e desprovidas de grandes construções na atualidade, elas guardam verdadeiros tesouros arqueológicos. Nessa imagem, é possível observar peças provenientes das cidades do Baixo Egito. O relevo do faraó Osorkon, com os braços levantados em sinal de adoração, junto de sua divina esposa, parece prestar culto à estátua da deusa Bastet. Essa divindade, relacionada à medicina, era representada na forma de uma gata. Um importante elemento do ritual divino, que se destinava à manutenção do mundo e ao afastamento do caos, era o oferecimento de incenso. Ao serem apresentados diversos víveres perante a imagem do deus, a fumaça do incenso conduzia a energia dos alimentos que nutririam o ka do deus. Em troca, a divindade agraciava o Egito, fazendo com que as águas do rio inundassem as margens, que os egípcios tivessem colheitas abundantes, em suma, que o mundo ficasse em ordem.
(texto Prof. Moacir E. Santos)

Sekhmet
Óleo sobre tela - 2005 - 50 x 70 cm.

Temida na religião egípcia, a deusa Sekhmet, cujo nome significa “a poderosa”, era representada tanto na forma de uma leoa, quanto como uma mulher com cabeça de leoa. Tal como se pode observar pelo relevo, onde o faraó Seti I oferece-lhe um pão cônico, bem como pela imagem erigida por Amenhotep III. Sekhmet era uma forma de Háthor, filha do deus-sol, e representava o seu poder destrutivo. Conta-se que no mito do “cataclismo”, também conhecido como “a destruição da humanidade”, a deusa teria sido enviada a terra para colocá-la em ordem, devido a uma constante desobediência dos seres humanos. Quando Sekhmet chegou, na forma de uma leoa, sedenta de sangue, ela quase dizimou a humanidade. Preocupado, Ra interveio na destruição. Ele mandou que seus servos preparassem uma grande quantidade de cerveja que foi tingida de vermelho. Ao ser executada a tarefa, a cerveja foi espalhada em uma área onde a deusa atacaria novamente. Quando Sekhmet deparou-se com o “sangue”, ela bebeu desenfreadamente até cair bêbada. Satisfeito, Ra ordenou que festas fossem feitas em homenagem à deusa, para que sua ira fossem sempre aplacada.
( texto : Prof. Moacir E. Santos)

Vislumbre
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Retrato de 'Eliane' com motivos egípcios na composição
Pastel e lápis -1995 - 70 x 50 cm.

Nascimento - Ramsés II
Óleo sobre tela - 2005 - 70 x 50 cm.

Herdeiros de sangue divino, os faraós justificavam os seus poderes através de narrativas mitológicas. O quadro aqui exposto nos faz uma alusão direta a um desses mitos. Trata-se da criação do mundo, segundo a escola teológica de He-liópolis – a cidade do deus-sol, Ra. Segundo a concepção, no princípio não ha-via nada em um grande oceano cósmico, mas devido a uma potencialidade di-nâmica presente no Nun, personificação das águas primordiais, uma flor de lótus emergiu da escuridão. Ao abrir suas pétalas o lótus liberou o deus Atum de seu interior, representado aqui como uma criança. Essa divindade foi responsável pela criação de todos os outros deuses, que representavam o mundo físico: Shu, o ar, Tefnut, a umidade, Geb, a terra, e Nut, o céu. Com os nascimentos dos filhos de Geb e Nut (Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hórus) passou-se do mundo físico para o humano. E é justamente no poder de Osíris e, posteriormente, de Hórus, que Ramsés II, aqui representado a partir de um colosso conservado no Museu Britânico, apoiava-se para se justificar como rei.
(texto : Prof. Moacir E. Santos)

Nascimento - Amenhetep III
Óleo sobre tela - 1,20 x 0,80 m.

Hator - pastel e lapis - 50 x 60 cm.

Capitel - pastel e lapis - 70 x 50 cm.

Libação - crayon e pastel - 70 x 50 cm.

Oferenda - pastel e lapis - 70 x 50 cm.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Egito Antigo - reportagens

Venho há muitos anos trabalhando imagens egípcias em composições surrealista, tendo criado em 2005 uma grande coleção de telas com essa temática.  Para minha surpresa, no ano seguinte, esses trabalhos ganharam uma reportagem na revista "KMT" - A modern journal of Ancient Egypt .









Outras publicações sobre a exposição itinerante:

Traveling replicas exhibit in Brazil
KMT - A modern journal of Ancient Egypt
Volume 9 number 3 - fall 1998







Exposição Itinerante - A arte egípcia do Brasil
Planeta - Edição 347 - ano 29
no. 8 - agosto de 2001









JORNAL - "O  LINCE"
Aparecida/SP fevereiro de 2010



Seguidores